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MODA E ESTILO **** CASA E DECORAÇÃO **** COMPORTAMENTO **** SAÚDE E BELEZA
Casa com alma
Muitas vezes pensamos que para ter uma casa agradável é preciso gastar muito com materiais e fazer um grande esforço.Nem sempre o luxo e o conforto de uma casa tem relação com o tamanho e o tipo de materiais.
O verdadeiro luxo consiste em viver em uma casa que de adapte perfeitamente aos hábitos e modo de vida de quem a habite.
(Ecocasa portuguesa)



domingo, 15 de abril de 2012

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Estou começando a me adaptar a esta vida de bloqueira..
A gente segue um blog, entra lá para ver a postagem do dia, olha nos blogs que ela segue, gosta de um, entra nele,lá você acha outro, entra também e assim vai.... de repente você nem sabe mais de onde começou... rsrsrsrs...
Sigo um blog delicioso, da Claudia, que fala , além de muitas coisas, de aromaterapia- Claudiaroma.
Se quiserem vistá-la, vocês vão amar com certeza. Uma delicadeza sem fim...
Mas a história é outra.... Através deste blog, cheguei á Ana, do blog Roccana e me deparei com uma postagem maravilhosa sobre o tempo.
Com sua autorização, compartilho com vocês, aqui...
Boa semana para todos...



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Hora de acordar. O sonho no sono. Os olhos fechados. O pesadelo. Os prazos, as datas, os dias sem fazer nada, a urgência de fazer tudo. O despertador. A dor. O tempo perdido. As horas em salas de espera, em filas no banco, o saldo no banco. Vermelho. Os prazos. As prestações. Os pré-datados. As noites em claro ninando filho com cólica. Nove meses de gestação. Amamentação. Os horários marcados e esquecidos. Os atrasos. Os vencimentos. A irritação. A hora da novela. Do café. A hora de ir buscar o pão. Os minutos a mais no chuveiro enquanto a água quente escorre no corpo. Os minutos a mais na cama, na preguiça de levantar de manhã. O tempo que passou. As lembranças com datas difusas. A idade dos avós. A velhice dos porta-retratos ovais pendurados na parede. A fruta comida verde, no pé, sem tempo de amadurecer. O negrinho na panela comido quente, sem calma de esfriar. O tempo certo da água no fogo pra fazer o chimarrão. A época dos dias cinzentos, das geadas, do Minuano que faz barulho na janela. Que dia é hoje? Idade pra entrar no cinema, pra votar, pra tirar carteira de motorista. Festa de 15 anos. Álbum de fotos amareladas dos 15 anos. Cabelo dos anos 70. Músicas dos anos 80. Rita Lee e mania de você de tanto a gente se beijar. O tempo que voava nas férias de verão. Folhinha na parede da casa da minha avó. A maioridade. A felicidade. Feriados. Dias santificados. Banho de rio, cesta de lanches e mutucas. Cheiro de bronzeador misturado com cheiro de mato e barulho da cachoeira. Limo verde na pedra, avenca brotando da terra, sombra e luz brincando na água. Hora do almoço. Sempre lá fora. Sempre na mesa enorme lá de fora. Corredor comprido, barulho de pisadas no chão. O armário de livros. Hora da séstea e de ler escondido. Tensão. Excitação. O relógio lá de fora sempre toca um badalo para cada hora. Meia noite, hora de fantasmas, cabeça tapada. Doze vezes o relógio avisa. Fantasmas. Misturados com as leituras proibidas. Tanto mistério. Tanto medo e a imaginação não pára e o coração dispara. Pão de minuto. Revista semanal, Cólica mensal. Tempo passando. Os aniversários, com guaraná. Volta cedo, não demora! Horário de verão. O Tempo e o Vento. Clarissa. Cheiro da casa da minha avó. Coisas guardadas tempo demais. Coisas adiadas tempo demais. Relógio biológico. Tempo perdido. Temporal. Lacuna. E o tempo não pára. E agora? Pressa, urgência, aflição. Tem que ser agora. Abre os olhos. Acorda, menina! Há vida lá fora!
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Um comentário:

  1. Obrigada, Cris!
    Fiquei feliz!!
    Teu blog é muito bacana, tem muitas coisas que eu adoro!!
    Beijão!

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